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domingo, 21 de setembro de 2014

Atibaia: agonia em um rio dividido


Curso d´água ainda exibe vida antes de ponto de captação; depois, são só pedras e poças

A estiagem recorde no Estado de São Paulo traz cenários reveladores e dramáticos sobre os rios que cortam a Região Metropolitana de Campinas (RMC).
 
Responsável pelo abastecimento de 95% de Campinas, o Rio Atibaia agoniza com a falta de água, mas a situação cáotica apresenta duas faces.
 
Expedição realizada pelo Correio Popular, do Grupo Rac, mostra que em Valinhos, no trecho antes da captação da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), o rio ainda sobrevive, mesmo que a duras penas.
 
Embora com o nível abaixo do normal para a época do ano, os peixes ainda habitam a região e o rio corre suave, permitindo a navegação de pequenas embarcações. No entanto, depois do ponto de captação, o cenário é desolador.
 
No distrito de Sousas, as pedras tomam conta da paisagem e o rio se transformou em pequenas poças d’água, tornando-se praticamente inabitável para os peixes. Sem condições de navegar, os barcos ficam estacionados nas margens.

A situação de contraste do Atibaia lembra a música Rio, composta pelo colunista do Correio Zeza Amaral em parceria com Keula Ribeiro e arranjo de Paulo Pugliese, presente no disco vencedor do prêmio Sharp em 1987.

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